A captura
de morcego hematófago é uma das atividades para controle da raiva
O Dia
Mundial de Luta contra a Raiva, comemorado hoje (28), tem atividades de
conscientização sobre a raiva, visando diminuir as mortes de humanos e animais
e os prejuízos à pecuária. A estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) é que a raiva bovina cause prejuízo de centenas de
milhares de dólares à pecuária na América Latina.
Para
celebrar a data, durante a semana, a Agência de Defesa Sanitária
Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) vai à escolas, rádios e ruas
para informar a população sobre os riscos da doença no animais e humanos.
De acordo
com a Idaron, a vacinação em bovinos, bubalinos, equídeos, caprinos e ovinos
não é obrigatória em Rondônia. “Quando há ocorrência de raiva, a vacinação
passa a ser obrigatória na propriedade foco e em propriedades localizadas em um
raio de 12 quilômetros”, explica o coordenador estadual do Programa de Controle
da Raiva em Herbívoros, Dalmo Bastos Sant’Anna.
Costa
Marques era o único município no Estado que a vacinação era obrigatória desde
2007, devido ao alto número de focos identificados na época. Porém, neste ano,
a vacinação deixou de ser imposta e passou a ser recomendada, assim como nos
outros municípios rondonienses.
O
principal transmissor de raiva nos animais é o morcego hematófago da espécie
Desmodus rotundus. Por isso, a Idaron realiza capturas de morcegos em abrigos e
em propriedades com notificação de mordedura destes animais.
A Idaron
alerta os produtores rurais que não devem mexer com os morcegos e/ou com os
animais com suspeitas de raiva, principalmente na boca, porque a doença é
transmitida pela saliva. “O produtor deve notificar morte de animais, sinal de
mordedura e suspeitas à Agência. Nós temos até 24 horas para visitarmos o local”,
fala o coordenador.
Os
principais sintomas da raiva em animais são: afastamento do restante do
rebanho; salivação excessiva, paralisia dos membros posteriores; queda
frequente e movimento de pedalagem. O bovino morre entre três e seis dias após
a contaminação.
A data do
Dia Mundial de Luta contra a Raiva foi instituída em homenagem a Louis Pasteur,
criador da primeira vacina contra raiva.