Repercute ainda na Câmara dos Deputados a audiência pública para discutir a redução da jornada de trabalho para a profissão de enfermagem. O evento foi realizado na semana passada a pedido do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO) e contou com excelente participação de profissionais ligados à área de saúde. O debate teve como base os Projetos de Lei 1891/07, de autoria de Nazif; o 2392/07, e o 2295/00, do senado, apensados, que estipulam em 30 horas semanais a jornada de trabalho desses profissionais.
Vários parlamentares discursaram da Tribuna da Casa, enaltecendo a luta do deputado Mauro Nazif em reduzir a jornada de trabalho dos enfermeiros, como forma de justiça para com esses profissionais que dedicam suas vidas em benefício das dos outros.
Falando sobre seu projeto da redução da jornada de trabalho, Mauro Nazif - médico, e portanto conhecedor do trabalho desenvolvido pelo enfermeiro - ressaltou a necessidade de se valorizar o profissional de enfermagem que, segundo ele, exerce um papel muito importante no trabalho dos hospitais e centros de saúde de todo o país. “É preciso melhorar as condições desse trabalhador que sofre pressões físicas e psíquicas no exercício de sua profissão”, afirmou.
Nazif também destacou que os benefícios da jornada de trabalho de 30 horas não ficarão restritos aos profissionais. “Melhorando as condições de trabalho, iremos beneficiar também o paciente, que terá ao seu dispor um profissional com plena capacidade física e mental para melhor atendê-lo”.
Manifestação
Completamente lotado, o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, foi palco de uma verdadeira festa. Um dos grupos que mais se destacou foi a delegação de Rondônia, composta de filiados do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Rondônia (Sinderon) - e dirigidos pelo presidente Ângelo Florindo. O presidente do sindicato destacou que “a redução da jornada é fundamental para que nós tenhamos condições de realizar um trabalho bem feito e, também, para que nós possamos cuidar da nossa própria saúde, já que sofremos, diariamente, pressões físicas e psicológicas”.